sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Momento de Leitura


Rabiscos

Em meio à escuridão de meus pensamentos
Surge uma luz ofuscante
Que corre pelas veias até as mãos.
Dedos roídos dançam pelo papel
Marcando este vazio pálido
Sem noção de por onde correrão amanhã.
Afundo-me à mesa,
Misturo-me ao papel
Espalhando sangue pelos corpos adormecidos,
dando vida ao que é morto.
Meus dentes colam ao lápis
Aguardando e torcendo
para que os postes da minha mente
Se acendam novamente
e assim o destino é imprevisível
Apenas me transformo a cada em rabiscos.




Sozinho
Sozinho, o silêncio é um estrondo;
o escuro é a chama onde se abriga o meu sonho.
De frente pro espelho, eu posso ser eu;
Pois, lá fora, sou só alguém.
Sozinho,
um suspiro não é lamento,
um lamento não é som,
E som é só eu,
Ecoando pelo nada...
Aqui, um único movimento é codificado, processado, concluído,
Apenas numa tentativa de mudar de posição.
Se lá fora falam de mim, aqui são só fluidos, resquícios de um inconsciente extrapolado;
Pensamentos são dispersos, até indescritíveis, incompletos...
Apenas símbolos no teclado.
Se não há mais ninguém,
Minha personalidade é uma, indecifrável.
Sou só eu,
E ao mesmo tempo, quem eu quiser.


Textos escrito pelo aluno Gabriel Orlando César do 7º ano

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